terça-feira, 9 de outubro de 2012

Aulas de microscopia eletrônica no YouTube

04/10/2012
Agência FAPESP – O Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) está publicando em seu canal do YouTube uma série de videoaulas sobre microscopia eletrônica de transmissão com, em média, 1 hora e 20 minutos de duração.
O curso já conta com nove aulas que, em pouco mais de um mês, tiveram mais de 2 mil visualizações. De acordo com as estatísticas do YouTube, as aulas estão atraindo o interesse do público de mais de 40 países.
Os vídeos foram gravados durante o 4º Curso Teórico-Prático de Microscopia Eletrônica de Transmissão, realizado em janeiro de 2012 e que abordou aspectos fundamentais e tópicos avançados de microscopia eletrônica, incluindo aplicações de difração, espectroscopia de perda de energia e técnicas de microscopia in situ.
As aulas foram transmitidas ao vivo pela internet e acompanhadas em tempo real por mais de 750 pessoas, número que agora multiplicou com a publicação no YouTube. Trata-se do primeiro curso sobre microscopia eletrônica organizado no formato de aulas ministradas por especialistas de vários países e disponível na web.
Até o momento, foram disponibilizadas nove aulas ministradas por pesquisadores do próprio LNNano – Carlos Inoki, Jefferson Bettini e Luiz Fernando Zagonel – e por convidados – Mathieu Kociak (Universidade Paris Sud, França), Thomas Hansen (Technical University of Denmark, Dinamarca), Raúl Arenal (Instituto Nanociencia de Aragon, Espanha), Marin van Heel (Leiden University/Imperial College London, Holanda/Reino Unido) e André Luiz Pinto (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas).
Outras aulas estão em processo de edição e serão disponibilizadas em breve.
O LNNano integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, responsável também pela gestão dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio) e Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE).
Mais informações: www.youtube.com/user/NanotecLNNano

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O profissional do futuro é o profissional gentil

Chamo de "pilares" da gentileza os valores como a solidariedade, tolerância, respeito, confiança e paciência – cada vez mais ausentes no dia a dia corporativo



Por Luiz Gabriel Tiago 
O título desse artigo, uma frase do sábio José Datrino (também conhecido como "Profeta Gentileza") me remete a uma realidade cruel todas as vezes que a leio: quando esse homem gentil chegará? Será que um dia estará entre nós? Estamos preparados para isso?
Queremos mudanças o tempo inteiro, mas que de preferência os outros a promovam. É muito mais cômodo esperar de braços cruzados do que tomar a iniciativa e transformar qualquer coisa que seja – mesmo que seja melhor para nós mesmos.
Desejamos empresas mais humanas, justas e que ofereçam um ótimo ambiente para se trabalhar. Precisamos que nossos colegas e líderes estejam prontos a nos escutar, nos desculpar, nos incentivar e nos deixar livres para produzir de acordo com nosso roteiro. "Queremos profissionais capazes de se relacionar com outras pessoas". Esse é o discurso de praticamente todos os Gerentes de Recursos Humanos dessa geração. E o tal do "homem gentil" que dizia Datrino? Onde ele está? Quando chegaremos nesse "futuro"?


Essas respostas já existem. Faço questão de conscientizar profissionais de todas as áreas que a gentileza no trabalho é uma ferramenta indispensável para o sucesso, e que não podemos mais abrir mão dela. E sabe por quê? Porque esse "futuro" já chegou, e nós devemos ser aquele "homem gentil". Porém, por vários motivos óbvios e profissionais, praticar a gentileza não está entre nossas principais prioridades, e por isso acabamos hostilizando as pessoas ao nosso redor.
Trata-se de atos impensados que quando nos damos conta, "pimba", fomos grosseiros e deixamos de lado os "pilares" básicos que sustentam a gentileza no dia a dia profissional. Chamo de "pilares" os valores como a solidariedade, tolerância, respeito, amizade, confiança, saber ouvir e paciência – cada vez mais ausentes no dia a dia corporativo.
Numa visão bastante arrojada e, ao mesmo tempo leve, seria correto considerar a gentileza sinônimo da ética. Sendo mais claro, se todos esses valores estiverem juntos e concentrados na realidade cotidiana de uma empresa, podemos dizer que seria um local de trabalho gentil. E para que isso aconteça, existe um método próprio e inovador, capaz de transformar e trazer soluções surpreendentes para as equipes e empresas de qualquer porte e setor.
Gentileza gera gentileza. E a prova que temos de que essa afirmação é cada dia mais valorizada e implantada nas empresas é que, a série de treinamentos "Gentileza no Trabalho", foi reconhecida como o melhor programa de gestão de pessoas do Brasil, com o "Prêmio Ser Humano Oswaldo Checchia 2012", iniciativa da ABRH Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e que, de uma forma ímpar, valorizou a importância da gentileza na vida profissional de todos nós.
Quando digo que o "homem do futuro" já somos nós, é porque realmente acredito na força que existe dentro de cada um, dentro do principal capital de qualquer empresa e, principalmente, naquilo que energiza essa força: a gentileza.
Luiz Gabriel Tiago - Escritor, palestrante e consultor em treinamentos. Conhecido como Sr. Gentileza, aborda em suas apresentações a gentileza no ambiente profissional, qualidade no atendimento e capacitação profissional. Autor de dois livros e diariamente dá dicas sobre os Princípios da Gentileza em seu blog .

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

USP é primeira ibero-americana no ranking SIR

24/08/2012
Agência FAPESP – O Scimago Lab divulgou a terceira edição do Ranking Ibero-Americano SIR. São 1.401 instituições de ensino superior que publicaram pelo menos um artigo científico indexado na base de dados Scopus no período de 2006 a 2010.
Universidades brasileiras são destaque no ranking, ocupando quatro posições entre as dez primeiras. A Universidade de São Paulo (USP) é a número 1, com um índice de 44.610 no indicador de Produção Científica, que mede o número de documentos publicados por cada instituição. A Universidad Nacional Autónoma de México vem em segundo com 18.350.
A terceira posição entre os países ibero-americanos ficou com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 16.154 de Produção Científica, seguido pela Universitat de Barcelona (15.290), Universidade Estadual Paulista, Unesp (15.047) e Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ (13.560).
Completam a lista das dez primeiras quatro universidades da Espanha: Universitat Autònoma de Barcelona, Universidad Complutense de Madrid, Universitat de Valencia e Universitat Politècnica de Catalunya. A Universidade do Porto é a primeira portuguesa, em 11º, e a Universidad de Buenos Aires a primeira argentina, em 14º.
Das 100 instituições de ensino superior com melhor colocação no SCImago Institutions Rankings, 29 são do Brasil – o México vem em segundo, com 14. Entre as 100 instituições da América Latina, o Brasil responde com quase metade, 48.
O Ranking SIR apresenta quatro indicadores que retratam a investigação das instituições e oferecem um meio de análise para avaliar o rendimento científico. Além da Produção Científica, utiliza taxa de Colaboração Internacional, a Qualidade Científica Média e a taxa de Publicação em Revistas de Prestígio, que indicam, respectivamente, o grau de internacionalização, a visibilidade científica e a capacidade que têm as instituições de ensino superior para publicar nas revistas com mais prestígio.
No SIR World Report 2012, que avalia 3.290 instituições, a USP está atrás apenas da Universidade Harvard (Estados Unidos), do Instituto Max Planck (Alemanha) e das universidades de Tóquio (Japão), Toronto (Canadá) e Tsinghua (China) entre as institituições de ensino superior – não considerando as academias de ciência e centros nacionais de pesquisa.
O SCImago Institutions Rankings é um projeto de avaliação da investigação científica em universidades e instituições de pesquisa desenvolvido pelo grupo SCImago a partir da base de dados Scopus da Elsevier, resultado do acordo de colaboração entre as entidades.
Mais informações: www.scimagoir.com
Gostaríamos de compartilhar com vocês mais uma novidade do editor IEEE






Nós da EBSCO estamos  felizes em anunciar que o IEEE, em parceria com a Universidade de Cambridge, desenvolveu um curso de inglês interativo exclusivamente  para engenheiros e profissionais técnicos da área de engenharia. A tecnologia continua avançando em uma escala global, dessa forma os engenheiros devem ser capazes de se comunicar através de fronteiras nacionais e culturais, e o Inglês é reconhecido como a língua unificadora da ciência e da tecnologia. O IEEE English for Engineering foi criado para permitir que os profissionais da área de engenharia se comuniquem com mais confiança e eficácia com colegas e clientes.

Conheça um pouco mais sobre o pacote:
  • Mais de 45 horas online de aprendizagem através de quatro módulos interativos: Conversação, Audição e Compreensão, Redação, Leitura e Compreensão;
  • Aprender através de três níveis de curso: Básico, Intermediário e Avançado;
  • Um teste de nivelamento para avaliar seu conhecimento de Inglês e recomendar em qual nível iniciar;
  • Emissão de certificados após a conclusão de cada nível.


Sobre a IEEE:  A IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers é responsável pela publicações dos principais títulos nas áreas de Engenharia, Tecnologia e Ciências da Computação. O editor IEEE hoje é um dos mais importantes em diversos campos tecnológicos.

Sobre a EBSCO: O principal fornecedor de serviços de assinaturas de revistas eletrônicas e impressas, pacotes eletrônicos de editores exclusivos, livros eletrônicos, bases de dados em texto completo e ferramentas de gerenciamento para atender todas as bibliotecas corporativas e acadêmicas.

 
Seja um dos primeiros a experimentar o mais novo pacote do editor, IEEE English for Engineering, e solicite um período de teste!!
Não Perca esta Oportunidade!!!
Entre em contato conosco para obter maiores informações!!




Caroline Valle
Marketing e Vendas
Tel: (21) 2224-0190

segunda-feira, 16 de julho de 2012

É com grande satisfação que comunicamos mais um lançamento de livro de autores da Escola de Engenharia de Lorena.

Livro: Curso de desenho técnico e autocad

Autores: Prof. Antonio Clélio Ribeiro (EEL); Prof. Mauro Pedro Peres (UNESP) e Nacir Izidoro (EEL)
Editora: Pearson

ISBN 978-85-8143-084-3

320p.

Previsão de lançamento: outubro de 2012



SUMÁRIO




Para estudantes: 180 exercícios para confecção manual e por meio do AutoCAD.
Para professores: apresentações dinâmicas em PowerPoint, manual de soluções e sugestão de provas.
SciELO Books oferece obras com acesso aberto e
gratuito<http://biblioteconomiadigital.blogspot.com.br/2012/05/scielo-books-oferece-obras-com-acesso.html>

<http://books.scielo.org/>

Inicialmente, o portal reunirá cerca de 200 títulos, distribuídos mais ou
menos igualmente entre as editoras das três universidades. A partir do
lançamento, a expectativa é que a coleção possa contar com a adesão de
outras editoras acadêmicas.

Para integrar o portal, as editoras e as obras são selecionadas de acordo
com padrões de controle de qualidade aplicados por um comitê científico e
os textos são formatados de acordo com padrões internacionais que permitem
o controle de acesso e de citações.

A publicações poderão ser lidas por meio de plataformas de e-books,
tablets, smartphones ou na tela de qualquer computador, acessadas
diretamente do portal ou de buscadores na internet, como o Google, e também
serão publicadas em portais internacionais.

“A ideia é contribuir para desenvolver infraestrutura e capacidade nacional
na produção de livros em formato digital e on-line, seguindo sempre o
estado da arte internacional”
, explicou Packer.

Segundo ele, a plataforma metodológica e tecnológica desenvolvida para
publicação de livros eletrônicos para a coleção da SciELO Brasil deverá ser
utilizada por outros países que formam a rede SciELO para publicar suas
coleções nacionais, com gestão autônoma.

*Venda de livros*

Além das obras com acesso aberto e gratuito, o portal SciELO Livros também
possui uma área na qual será possível ao usuário comprar obras das editoras
integrantes do projeto no formato e-book.

“A venda deverá ser uma das fontes de recursos financeiros previstos na
operação autosustentável do portal. Isso representa uma novidade para o
SciELO, que tem acesso totalmente aberto para os seus periódicos.
Entretanto, o número de livros em acesso aberto deverá predominar”, disse
Packer.

Fonte: Exame<http://exame.abril.com.br/tecnologia/ciencia/noticias/scielo-brasil-lanca-portal-de-livros-eletronicos?page=2&slug_name=scielo-brasil-lanca-portal-de-livros-eletronicos>

É com grande satisfação que divulgamos o lançamento do  livro:

D-Xylitol: 

Fermentative Production, Application and Commercialization
2013, 2013, XI, 357 p. 37 illus., 13 in color.

Hardcover version
ISBN 978-3-642-31886-3
Due: October 31, 2012

Organizado pelo prof. Silvio Silverio da Silva e Anud Kumar.

Editora: Springer.


O livro que é uma obra única com 15 capitulos e 5 seções que descreve os últimos avanços na produção biotecnológica de xilitol a partir de fontes renovaveis.
Ressalta-se que o prof. Silvio Silverio da Silva está estudando esta molecula- xilitol há cerca de 23 anos.


Sumário:
Dilute Acid Hydrolysis of Agro-Residues: Implications on Xylose Recovery.
Deconstruction of Hemicellulose Fraction into Simple Sugars From Lignocellulosic Materials .
Molecular Mechanism of D-Xylitol Production in Yeasts: Focus on Molecular Transportation, Catabolite Sensing and Stress Response.
Microorganisms For Xylitol Production: Focus on Strain Improvement .
Statistical Optimization of Process Parameters for Xylitol Production.
Fermentation Strategies Explored for Xylitol Production.
Enzymatic Production of Xylitol.
Bioenergetic Balances for Xylitol Production from Different Lignocellulosic Materials.
An Assessment on Xylitol Recovery Methods.
Analytical Methods for Xylitol Quantification.
Medical Applications of Xylitol: An Appraisal.
Detoxification Strategies Applied to Lignocellulosic Hydrolysates for Improved Xylitol Production.
Key-Drivers Influencing the Large Scale Production of Xylitol.
Overview on Commercial Production of Xylitol, Economic  Analysis  and Market Trends.

Será lançado oficialmente em outubro 2012.

Prof. Dr. Silvio Silvério da Silva
Pesquisador CNPq
Departamento de Biotecnologia
Universidade de São Paulo - USP
Escola de Engenharia de Lorena
Estrada Municipal do Campinho- Caixa Postal 116
12.602.810 Lorena/SP - Brasil
(12) 3159 5146

silvio.silverio@pesquisador.cnpq.br

www.debiq.eel.usp.br/~silvio

Thomson Reuters divulga novos fatores de impacto

13/07/2012
Agência FAPESP – A Thomson Reuters divulgou o 2011 Journal Citation Reports, com os fatores de impacto das principais revistas científicas no mundo.
A publicação, com edições separadas para “Ciência” e “Ciências Sociais”, reúne 10.677 periódicos de 2.552 editores em 82 países. Um total de 528 títulos receberam fatores de impacto pela primeira vez.
As revistas com maiores fatores de impacto em 2011 foram: Nature (36.280), Science (31.201) e Proceedings of the National Academy of Sciences (9.681).
Dezesseis títulos brasileiros apresentam fator de impacto 1 ou maior na edição para “Ciência” em 2011, três dos quais publicados por unidades da Universidade de São Paulo (USP).
A revista Clinics, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP está em segundo na relação. A Revista de Saúde Pública, publicada pela Faculdade de Saúde Pública, ocupa a quinta posição, e a Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, a décima sexta.
Entre os periódicos brasileiros, o maior fator de impacto no relatório de 2011 ficou para a revista Memórias, do Instituto Oswaldo Cruz.
Os 16 periódicos brasileiros com maiores fatores de impacto segundo o 2011 Journal Citation Reports estão na tabela a seguir. A grande maioria tem conteúdo publicado e disponível gratuitamente na biblioteca eletrônica SciELO (Bireme/FAPESP):


Posição Título Editor Fator de impacto 2011  Link
1 Memórias do Instituto Oswaldo Cruz Instituto Oswaldo Cruz 2.147 http://memorias.ioc.fiocruz.br  
2 Clinics Faculdade de Medicina - USP   2.058 www.clinics.org.br  
3 Journal of the Brazilian Chemical Society Sociedade Brasileira de Química   1.434 http://jbcs.sbq.org.br
4 Jornal Brasileiro de Pneumologia Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia 1.391 www.jornaldepneumologia.com.br
5 Revista de Saúde Pública Faculdade de Saúde Pública - USP 1.328 www.rsp.fsp.usp.br
6 Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular   1.239 www.rbccv.org.br
7 Revista Brasileira de Psiquiatria Associação Brasileira de Psiquiatria   1.198 www.rbppsiquiatria.org.br
8 Genetics and Molecular Research Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto 1.184 www.geneticsmr.com
9 Brazilian Journal of Medical and Biological Research Associação Brasileira de Divulgação Científica 1.129 www.bjournal.com.br
10 Anais da Academia Brasileira de Ciências Academia Brasileira de Ciências 1.094 www.scielo.br/aabc  
11 International Braz J Urol Sociedade Brasileira de Urologia 1.065 www.brazjurol.com.br
12 Neotropical Ichtyhology Sociedade Brasileira de Ictiologia   1.064 www.scielo.br/ni
13 Natureza & Conservação Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação   1.049 www.abeco.org.br/publicacoes/natureza-e-conservacao
14 Jornal de Pediatria Sociedade Brasileira de Pediatria   1.013 www.jped.com.br
15 The Brazilian Journal of Infectious Diseases Sociedade Brasileira de Infectologia   1.005 www.bjid.org.br
16 Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo Instituto de Medicina Tropical de São Paulo - USP 1.000 www.scielo.br/rimtsp  

Blog Ciência Prática reúne dicas para pesquisadores

16/07/2012
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Após anos trabalhando como revisor de revistas científicas, muitas vezes tendo de corrigir erros semelhantes, o físico Eduardo Yukihara decidiu criar o blog Ciência Prática. Além de reunir dicas sobre como estruturar artigos, formatar gráficos e responder às críticas do revisor, o site se propõe a disseminar todo tipo de informação que possa ser útil no dia a dia de quem faz ciência.
Entre os temas já abordados estão como se comportar em uma entrevista de emprego nos Estados Unidos, como se candidatar a bolsas de pós-graduação em universidades norte-americanas, como preparar um pôster e aumentar o impacto das apresentações orais em conferências e até como estruturar o currículo.
Doutor em Física pela Universidade de São Paulo (USP) e ex-bolsista da FAPESP, Yukihara trabalha como professor associado na Oklahoma State University desde 2004.
Também é membro do conselho editorial da revista Radiation Measurements e faz revisão de manuscritos regularmente para mais de 15 revistas científicas, incluindo Physical Review B, Medical Physics, Radiation Measurements, Nuclear Instruments and Methods in Physics Research, Journal of Luminescence e Physics in Medicine and Biology.
“Como revisor, percebi que os problemas eram recorrentes. Estava sempre repetindo a mesma dica. Então, decidi criar um serviço que os estudantes pudessem acessar gratuitamente”, contou Yukihara à Agência FAPESP.
Entre os principais erros cometidos na redação de artigos científicos, o físico destaca os problemas com a língua inglesa, gráficos mal preparados, incerteza nos dados e afirmações que não deixam claro se são baseadas nos resultados da pesquisa ou em pura especulação.
“Muitos também não sabem como organizar o texto. O que colocar na introdução, na metodologia, na conclusão”, disse. Além de falar sobre redação científica, o blog tem como objetivo tratar de temas que fazem parte da atividade acadêmica, mas não estão incluídos no currículo formal das universidades.
“No Brasil, ensinam muito bem ciência, tanto teoria como técnica. Mas são necessárias outras habilidades para ter sucesso na carreira acadêmica, como saber gerenciar um time e um projeto, inclusive a parte financeira. Isso não está escrito em lugar nenhum. É preciso trabalhar em vários lugares para aprender”, destacou.
O blog foi criado em fevereiro de 2011 e, no primeiro mês, registrou 75 visitas. Atualmente, são cerca de 2,3 mil acessos mensais. “Este primeiro ano foi uma experiência, para saber se a ideia poderia interessar alguém, e há indícios de que realmente tem sido útil”, avaliou Yukihara.
Mas o professor ressalta que sua experiência é limitada e, para que as dicas sejam úteis não apenas para os estudantes de física, seria interessante contar com a participação de colaboradores de diversas áreas do conhecimento.
“A professora Emico Okuno, do Instituto de Física da USP, colabora com a revisão dos textos e já escreveu um artigo para o blog. Mas os leitores precisam participar mais. A ideia não é ser um canal de uma via só”, afirmou.
Ciência Prática: http://cienciapratica.wordpress.com.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Funcionários da Biblioteca da Escola de Engenharia de Lorena participam de videoconferencia.

Com o objetivo de melhorar, agilizar e facilitar o intercâmbio de informações para as Bibliotecas da USP, a Diretoria Técnica do SIBi implantou uma nova forma de comunicação.

No dia 03 de março todos os funcionários da Biblioteca da Escola de Engenharia de Lorena participaram da reunião com a equipe técnica do DT-Sibi. Teve início às 10h. com o assunto de circulação de material bibliográfico, levantaram junto à comunidade os problemas e soluções para este tópico. Também foram tratados assuntos referentes a catalogação, controle de seriados, modulo aquisição.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Ele é o cara!


Por Galeno Amorim
Flávio é um bom menino. Educado e atencioso, está sempre ligado nas explicações da professora. Ele tem aulas pela manhã e à tarde e dá um duro danado pra dar conta de tudo. Acorda todo santo dia às quatro da manhã e só consegue voltar pra casa às oito da noite. Então ele janta, descansa um pouco e já começa a se preparar para a maratona do dia seguinte.

O menino viaja todos os dias entre São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, onde vive, e Ribeirão Preto, onde estuda. Num período, frequenta as aulas regulares da Escola Raul Machado, no bairro Santa Cruz do José Jacques. No outro, tem canto, informática, atividades manuais e muito mais.

Flávio ainda não faz a menor ideia do que vai ser quando crescer. Mas ele tem um sonho: quer ser cantor. Um cantor de música gospel. Pelo menos duas vezes por mês, Flávio vai com os amigos à biblioteca. Está sempre à cata de algum livro novo. Ultimamente, adorou Reinações de Narizinho, do Monteiro Lobato.

Embora não tenha mais do que 10 anos, anda muito interessado é nos livros pros garotos de 17. Até andou bisbilhotando livros de Pedro Bandeira, com suas aventuras de jovens heróis e histórias sobre amizade, namoricos e coisa e tal.

Por que ele lê? Por uma razão simples, trata logo de responder: quer ser alguém na vida.

Flávio vive rodeado de amigos e gosta de brincar. Mas também lê. Como ele faz isso? De duas maneiras: às vezes, esfrega o dedo indicador no papel saliente e vai decodificando palavra a palavra; noutras, quando se cansa um pouco do livro em braille, bota um audiolivro no tocador de CD.

Tudo parece, então, ficar mais claro pra ele. Nessas horas, Flávio enxerga longe e vê o seu admirável mundo novo. Ele é o cara!

PS: Flávio frequenta a Adevirp, uma ONG, em Ribeirão Preto, que faz um bonito trabalho com pessoas de baixa visão ou cegas como ele.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Por que só se fala em e-books?

Cindy Leopoldo - 01/02/2012

PublishNews - 31/01/2012
Porque eles encantam e assustam. Não só os leitores, mas principalmente os editores.

Os leitores (nem todos) se encantam com as novas possibilidades de armazenamento de sua biblioteca, a praticidade de comprar um livro a qualquer momento e de qualquer lugar. Os editores se encantam com o fato de poder colocar seus livros para vender mais rapidamente, para todo o país, sem precisar passar pelas etapas da impressão e da distribuição física (embora no formato digital existam ainda outras etapas que, dependendo do conteúdo do livro, podem levar quase a mesma quantidade de tempo).

Há, porém, coisas que assustam: nem leitores nem editores (e menos ainda as livrarias) estão prontos para o “desaparecimento” dos livros impressos e alguns acham que os e-books vieram justamente para isso. Não tenho como prever se coexistirão para sempre (e também não sei quanto “para sempre” dura), mas o trabalho atual tem sido fazer os dois formatos. E isso força as editoras a criar novos cargos e a treinar pessoal exclusivamente para a criação de produtos que ainda não vendem o suficiente para pagar tudo isso. 

Sei que a ideia comum é a de que é só pegar o arquivo final do impresso e colocá-lo para vender como e-book. Pode ser que existam editoras que trabalhem assim, mas no geral há o que chamamos de “conversão”. Eu achava que essa conversão era mais fácil que a criação do zero de um e-book, mas não é. Atualmente, vejo que é mais difícil converter, por exemplo, um livro impresso para ePub do que começar um sem modelo impresso. Isso acontece porque o impresso cria expectativas irreais de diagramação, e como exemplos dolorosos posso citar que imagens e fontes não raramente têm que ser integralmente trocadas. E, sério, isso assusta. (Quando você troca todas as imagens por um formato que você sabe que ficará perfeitamente legível, mas esse formato é tão pesado que cada página com imagem demora mais de dez segundos para passar, isso assusta demais! Mas, ok, esses são terrores muito pessoais...)

Sim, e-book assusta quem faz, quem lê e quem vende. Então, por que, diabos, fazer isso? Porque (quase) todos admitem que ter a opção de se livrar do físico quando der vontade é uma boa ideia. Ok, uma ideia que parte das empresas de tecnologia, mas ainda assim boa. Como é boa a ideia de ter zilhares de músicas estocadas digitalmente e de ver filmes direto do celular ou dos tablets. Isso é encantador. Mas, sinceramente, quando penso em músicas e filmes digitais, eu não penso em iTunes ou Netflix, por exemplo, eu penso em sites tipo Megaupload, ou o mais popular no Brasil, 4shared. Isso é mais que assustador... e é uma tendência. Busque agora, por exemplo, “e-books” no Google e você vai ver que a primeira página de resultado quase inteira tem a palavra “grátis” ao lado de “e-books”.

Além disso, Paulo Coelho está finalmente apresentado seus poderes sobrenaturais ao mundo e apoiando a pirataria dos seus livros. Isso encanta o leitor, mas apavora as editoras, que, com a digitalização de seu trabalho, sente que pode perder não só o dinheiro que entrava com a venda dos livros para os leitores, como também os seus autores best-seller, pois estes podem vender (ou até doar) suas obras diretamente para seus leitores.

Mas o que me encanta na atitude do Paulo Coelho é que ele, diferentemente do Metallica na época do Napster, por exemplo, está tentando agradar a maioria. O que não foge às palavras do filósofo Jeremy Bentham sobre a função do capitalismo, que seria produzir “o maior bem para o maior número”. Sinceramente, me encanta ver o capitalismo mudar, ainda que por exigência de outra indústria e não completamente por causa de cyberativistas Anonymous. Encanta bem mais do que assusta.

* Cindy Leopoldo é graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduada em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Trabalha em departamentos editoriais há 7 anos. Escreve quinzenalmente para o PublishNews, sempre às terças-feiras.

Biblioteca Nacional disponibiliza acervo digital

Jornal O Tempo - 23/01/2012

Dentre todas as vantagens da aplicação da tecnologia digital no campo da literatura, talvez a mais efetiva e salutar delas seja a democratização do acesso às obras. Com a digitalização dos livros, já é possível, por exemplo, a uma pessoa em qualquer lugar do mundo acessar o acervo da Biblioteca Nacional (BN), cujo endereço físico está no centro do Rio de Janeiro, e baixar, em PDF, livros como "O Cortiço", de Aluízio Azevedo, ou "O Alienista", de Machado de Assis.
Por enquanto, do acervo da BN, o maior do país, estão disponíveis apenas obras em domínio público - passados 70 anos da morte do autor - o que soma cerca de 600 títulos. Mas está em curso um projeto para ampliar o acesso a esse acervo, implementando o serviço de empréstimo de e-books e incluindo, dessa forma, obras que ainda têm direitos autorais e precisam de proteção contra sua disseminação indiscriminada.
Para se ter uma ideia da dimensão dessa mudança, a BN tem em média 5.000 visita por mês, enquanto que a BN Digital teve em 2011 mais de 120 mil acessos ao mês. "Esse número vai dobrar, triplicar, à medida que aumentarmos o acervo", comenta Ângela Bittencourt, coordenadora da BN Digital.
Periódicos. Sob a responsabilidade do Ministério da Cultura (MinC), as ações da BN têm muita importância porque, ali, se criam paradigmas para o modelo de biblioteca no resto do país.
Dentre essas ações está um "grande projeto", como conta Ângela, de digitalização de nove milhões de páginas de periódicos até o fim do ano. O projeto Resgate da Memória Hemerográfica Brasileira será aberto em março e vai tornar disponíveis para consulta, por exemplo, a "Gazeta do Rio de Janeiro", fundado quando da vinda da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, e o "Correio Brasiliense", fundado no mesmo ano por Hippólyto José da Costa, que teve de instalar sua redação em Londres pois defendia, contra a coroa, ideais independentistas e o fim da escravidão.
"O que estamos criando não é uma coleção estática na qual você vai pesquisar", diz Ângela, explicando o caráter da democratização do acesso que a tecnologia digital tem possibilitado.